terça-feira, 14 de maio de 2013

GLPI - CONFIGURANDO NOVOS TIPOS DE TICKET

O GLPI é um dos muitos tipos de aplicativos helpdesk free existentes na internet. O fórum do mesmo pode ser encontrado neste link:

http://www.glpi-project.org/forum/

Recentemente tive a necessidade de acrescentar mais opções aos tipos de chamado para um cliente. O que consegui descobrir pesquisando no fórum é que isso só seria possível mexendo no núcleo do PHP da aplicação. Apesar de não entender muito de PHP consegui encontrar os pontos onde as mudanças eram necessárias.

Vamos a elas!

Primeiro, precisamos alterar o ticket.class.php (pasta /inc da aplicação) e acrescentar mais constantes de tipo de ticket. No meu caso, coloquei mais 2 tipos:

// Request type
const INCIDENT_TYPE = 1;
// Demand type
const DEMAND_TYPE = 2;
// Evento type
const EVENTO_TYPE = 111;
// Alerta type
const ALERTA_URGENTE = 222;




Depois disso, é preciso alterar a função GetTypes () localizada neste mesmo arquivo:

static function getTypes() {
  global $LANG;

  $options[self::INCIDENT_TYPE] = $LANG['job'][1];
  $options[self::DEMAND_TYPE] = $LANG['job'][2];
  $options[self::EVENTO_TYPE] = $LANG['job'][111];
  $options[self::ALERTA_TYPE] = $LANG['job'][222];

  return $options;
}


Precisamos também adicionar os nomes dos TIPOS na função getTicketTypeName, que fica abaixo da função anterior, no mesmo arquivo.

static function getTicketTypeName($value) {
  global $LANG;

  return $options;
}


Veja que acrescentamos mais tipos $LANG.

O $LANG tem a ver com a linguagem utilizada pelo GLPI. No meu caso é português. Assim sendo é preciso acrescentar esses novos tipos de $LANG definidos acima no arquivo pt-BR.php.


Vá até a pasta locales e abra o arquivo pt-BR.PHP. Localize neste arquivo o ['job'] associado acima e acrescentes os novos tipos que definiu:

$LANG['job'][111]="Evento";
$LANG['job'][222]="Alerta";


Feito isso, os novos tipos de ticket estarão definidos para o GLPI. Para ver os mesmos, abra um novo chamado e clique no combo Tipo.


Para alterar os arquivos PHP utilizei o comando vim do proprio linux.


Sucesso a todos!

ITIL V3 - Operação do Serviço - Conceitos e Definições - Evento e Alerta

Queridos leitores, antes de adentrarmos pelo mundo da Operação do Serviço, precisamos equacionar alguns conceitos que geram dúvidas nas cabeças de muitas pessoas que estão iniciando na utilização do ITIL, especialmente na versão 3. Um desses conceitos diz respeito a diferença entre Evento e Alerta. Segundo o ITIL, “um evento pode ser definido como qualquer ocorrência que possa ser detectada e que tenha um significado para a gerencia da infraestrutura de TI ou para a entrega do serviço”. Percebam que não é qualquer coisa e sim algo que tenha importância para o serviço. A partir de um evento é que se pode, ou não, gerar alertas que deverão ser tratados. Assim sendo, o alerta é um subproduto do evento, ou seja, deriva da monitoração de eventos, sacaram?


Se pudéssemos colocar de uma forma mais simplificada, diríamos que, conforme figura acima, um evento pode gerar um registro informativo ou um alerta. O alerta pode virar um incidente, a ser tratado pelo processo de Gerenciamento de Incidentes ou pode necessitar de uma verificação de alguma área técnica, de forma proativa, a fim de evitar que o evento venha a se tornar um incidente de fato. A partir da análise técnica, pode ser que um determinado alerta acabe se transformando em um incidente também.

É importante salientar que os eventos podem ser criados de forma eletrônica ou de forma manual, e normalmente são identificados por meio de ferramentas de monitoração. O ITIL define dois tipos de ferramentas de monitoração, a saber:
  • Ferramentas de monitoração ativas. São ferramentas que identificam os Itens de Configuração de um determinado serviço e verificam sua disponibilidade e seu status, a fim de determinar se o seu comportamento está fugindo daquilo que é considerado normal para um determinado serviço de TI.
  • Ferramentas de monitoração passivas. São ferramentas que detectam e correlacionam alertas ou comunicações gerados pelos itens de configuração de um determinado serviço de TI.

Apenas para finalizar, consideremos que alertas identificam que um limite de algum item de configuração foi atingido ou que algo diferente do seu funcionamento normal foi alterado ou ainda, no pior caso, que uma falha ocorreu. Neste último caso, provavelmente o alerta evoluirá para um incidente.

sábado, 4 de maio de 2013

4G no Brasil: A Vergonha Nacional


No Brasil temos um cenário preocupante no que se refere a 4G. A tecnologia é cara, é incompatível com a maioria dos aparelhos e vai estar disponível em poucas cidades durante um bom tempo antes de se espalhar pelo país quem sabe daqui uns 10 anos.

O primeiro grande problema é a faixa de frequência que será utilizada pela 4G.

A 4G começa a operar no Brasil utilizando a tecnologia LTE (Long-Term Evolution) que é homologada pela UTI-R e possui dois aspectos fundamentais. O primeiro é que ela deixa de lado o padrão de transmissão usado na tecnologia GSM e passa a trabalhar com uma arquitetura de rede totalmente baseada em IP. Isso significa que a LTE vai tratar tudo a ser transmitido como dados, até mesmo voz . O segundo aspecto, é que a LTE utiliza a tecnologia MIMO, ou seja, múltiplas antenas tanto no lado transmissor quanto no receptor, o que melhora a performance da comunicação. Essas duas característica podem ser usadas para diminuir interferências na comunicação e para aumentar a taxa de transmissão de dados. A grande vantagem da LTE é que ela torna mais simples o upgrade de infraestrutura da 3G.

A tecnologia LTE permite que sejam usadas as frequências de 700Mhz para a 4G. No entanto, muito se discute devido ao fato de o Brasil estar disponibilizando apenas a faixa de 2.5Ghz. Mas qual a diferença?

É simples, a frequência de 700Mhz é utilizada para transmissão analógica de canais de TV, logo não pode ser usada para a transmissão de dados da 4G.

Agora vamos parar para pensar no sinal da TV analógica que existe hoje. Qualquer“buraco” que a gente possa imaginar que tenha uma TV e uma antena pequena daquelas de camelô, pelo menos a rede Globo vai pegar. O que eu quero dizer é que a faixa de 700Mhz permite que os sinais penetrem mais facilmente em prédios e casas, além do fato de o sinal ter um alcance muito amplo. Enquanto que a faixa de 2.5Ghz não. Isso significa que o sinal 4G no Brasil não vai ser estável e não vai ser fácil de usar.

Em 2016 termina o prazo para as emissoras de TV liberarem a faixa de 700MHz. Mas se você pensa que então em 2016, estará tudo resolvido, e que seu sinal vai ser melhor por que vamos mudar de faixa. Você se engana.

Erasmo Rojas, diretor da consultoria 4G Americas em entrevista à revista Veja fez a seguinte afirmação:


[...]A faixa de 2.5Ghz será mais utilizada em grandes cidades, e a de 700MHz será provavelmente utilizada em áreas rurais devido à suas características[...]

Eu vejo enormes problemas nisso. Primeira coisa a se pensar é que utilizando a faixa de frequência de 2.5GHz o alcance e força do sinal é bem menor se comparado à faixa de 700MHz. Com isso, segundo especialistas, é necessário 3 vezes mais antenas utilizando a faixa de 2.5GHz para ter a mesma cobertura de uma antena que opera na faixa de 700Mhz.

Para grandes cidades como São Paulo, que já são completamente entupidas de antenas, isso é praticamente um ataque terrorista. Além disso, grandes cidades são selvas de pedra, vários prédios um colado no outro, e como disse anteriormente, o sinal em 2.5GHz não tem a força necessária para superar tantas barreiras e chegar até seu aparelho, pelo menos não com a mesma eficiência de sinais em 700MHz.

A 4G está sendo implantada com tanta pressa por causa da Copa? Ando sinceramente duvidando disso. Os estrangeiros que estiverem no país não conseguirão usar a suposta 4G justamente porque a faixa de 2.5GHz não é compatível com a maioria dos aparelhos disponíveis no mercado. A maioria dos países que têm 4G estão usando a frequência de 700MHz.

Eu citei apenas os problemas mais gritantes da vinda da 4G para o Brasil nesse plano desesperado e prazos de implantação irreais. Existem muitos outros, como por exemplo a mídia que só divulga as vantagens mentirosas pelo menos por enquanto mentirosas favorecendo as operadoras que já começam a cobrar muito caro por aparelhos e planos 4G que não vão entregar metade do que prometem.

Basta começar a ler artigos pela Internet para ver os vários motivos que levarão a 4G no Brasil ter um início catastrófico. É lamentável.


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Publicado inicialmente em: Café do Programador